Por Sérgio Gollnick
Existe uma técnica muito comum em política de baixo padrão e na imprensa marrom que consiste em "criar dificuldade para gerar facilidade".
A história da Lei Macrozoneamento da cidade de Joinville tem uma uma leve brisa de estar neste estágio e, parece que ainda vai dar muito o que falar. Agora dizem por ái que tem gente se colocando como interlocutor de um grande empresário da cidade, sujeito que tem interesse na mudança das macrozonas, especialmente na criação das áreas de transição, porque é claro, adquiriu áreas para ganhar na especulação imobiliária.
Explico - é mais ou menos assim: O sujeito compra hoje uma gleba de terra por R$ 1,50/m2 na atual área rural e, tão logo a lei das zonas de transição seja aprovada, o terreno passa a valer R$ 100,00/m2, no mínimo. Aí ele ganha sem qualquer esforço uma fortuna. Neste processo, os excluídos continuarão a ser mais excluídos e os concentradores de renda serão ainda mais donos da cidade.
Mas não fica só nisso, já tem vereador fazendo lobby dentro da câmara querendo convencer seus coleguinhas de trabalho a “negociar” a lei, possibilitando que algumas zonas de transição sejam aprovadas. Os bastidores dizem que a argumentação está lastreada na questão da UFSC, da GM e outros “motivos mais nobres”, mas o negócio mesmo é atender aos interesses dos mega especuladores. Tudo como vem ocorrendo em Joinville há muitos anos.
Não tenho muita esperança que os nossos edis venham manter sua decisão de congelar as áreas rurais por enquanto, e que o assunto seja mais aprofundado e discutido. Tem muita coisa em jogo nos bastidores e isto vale muito dinheiro. Afinal, estamos em época de campanha política e não tem hora melhor de abocanhar uns trocados, não é?
A novidade está na articulação destas intenções nada republicanas. Mais escolados, os interessados assumem lugares importantes dentro dos conselhos municipais. Ali definem as estratégias, convencem o Poder Público e em seguida colocam “assessores” dentro da Câmara de Vereadores que identificam um ou mais edis que se prestem a este tipo de negócio. Não tem sido muito difícil esta missão pelo que podemos perceber nos últimos tempos! Aí ele, o edil que se presta a este serviço, membro de uma das comissões que trata do assunto em foco fará o papel de convencimento dos coleguinhas, sendo o porta-voz da intenção. Ele próprio se dirá como UM GRANDE NEGOCIADOR DOS INTERESSES DA CIDADE, convenientemente omitindo o seu patrocinador!!!!
Já aconteceu antes, inclusive com os mesmos protagonistas a defender interesses muito específicos e privados. Como somos uma sociedade fraca, sem mobilização, sem propósitos comuns e carentes de posturas mais éticas, veremos mais um episódio da novela: “Como Destruir o Futuro de uma Cidade em troca de Bola.”
Fonte: La Vie en Ville.
Existe uma técnica muito comum em política de baixo padrão e na imprensa marrom que consiste em "criar dificuldade para gerar facilidade".
A história da Lei Macrozoneamento da cidade de Joinville tem uma uma leve brisa de estar neste estágio e, parece que ainda vai dar muito o que falar. Agora dizem por ái que tem gente se colocando como interlocutor de um grande empresário da cidade, sujeito que tem interesse na mudança das macrozonas, especialmente na criação das áreas de transição, porque é claro, adquiriu áreas para ganhar na especulação imobiliária.
Explico - é mais ou menos assim: O sujeito compra hoje uma gleba de terra por R$ 1,50/m2 na atual área rural e, tão logo a lei das zonas de transição seja aprovada, o terreno passa a valer R$ 100,00/m2, no mínimo. Aí ele ganha sem qualquer esforço uma fortuna. Neste processo, os excluídos continuarão a ser mais excluídos e os concentradores de renda serão ainda mais donos da cidade.
Mas não fica só nisso, já tem vereador fazendo lobby dentro da câmara querendo convencer seus coleguinhas de trabalho a “negociar” a lei, possibilitando que algumas zonas de transição sejam aprovadas. Os bastidores dizem que a argumentação está lastreada na questão da UFSC, da GM e outros “motivos mais nobres”, mas o negócio mesmo é atender aos interesses dos mega especuladores. Tudo como vem ocorrendo em Joinville há muitos anos.
Não tenho muita esperança que os nossos edis venham manter sua decisão de congelar as áreas rurais por enquanto, e que o assunto seja mais aprofundado e discutido. Tem muita coisa em jogo nos bastidores e isto vale muito dinheiro. Afinal, estamos em época de campanha política e não tem hora melhor de abocanhar uns trocados, não é?
A novidade está na articulação destas intenções nada republicanas. Mais escolados, os interessados assumem lugares importantes dentro dos conselhos municipais. Ali definem as estratégias, convencem o Poder Público e em seguida colocam “assessores” dentro da Câmara de Vereadores que identificam um ou mais edis que se prestem a este tipo de negócio. Não tem sido muito difícil esta missão pelo que podemos perceber nos últimos tempos! Aí ele, o edil que se presta a este serviço, membro de uma das comissões que trata do assunto em foco fará o papel de convencimento dos coleguinhas, sendo o porta-voz da intenção. Ele próprio se dirá como UM GRANDE NEGOCIADOR DOS INTERESSES DA CIDADE, convenientemente omitindo o seu patrocinador!!!!
Já aconteceu antes, inclusive com os mesmos protagonistas a defender interesses muito específicos e privados. Como somos uma sociedade fraca, sem mobilização, sem propósitos comuns e carentes de posturas mais éticas, veremos mais um episódio da novela: “Como Destruir o Futuro de uma Cidade em troca de Bola.”
Fonte: La Vie en Ville.
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